segunda-feira, 14 de abril de 2008

Abenobashi Maho ShotenGai

Arumi e Sashi são dois jovens que vivem no mesmo local, o distrito comercial de AbenoBashi,. Arumi está prestes a mudar-se para Hokkaido e passa os últimos dias do verão com o seu melhor amigo Sashi que, ainda que não o demonstre, não está exactamente extasiado com essa realidade. Nem Sashi… nem o avô de Arumi, Masayuki Asahina que se recusa a seguir o filho para Hokkaido. Isto porque ele é um dos pilares deste bairro… mágico. Este é o ponto de partida para uma viagem hilariante, por diversos Abenobashis de diferentes eras e mundos alternativos. Reconheço que não sabia bem o que estava à espera e no primeiro episódio parecia uma história séria e realista. Mas quando vi o segundo assustei-me imenso. “Eh pá que é isto!!!” Pensei eu. Mas como não sou propriamente desistir à primeira, continuei a ver e… surpresa, surpresa… descobri um anime bem divertido. Arumi e Sashi vão saltando por Abenobashis sempre estranhos, desde locais de contos de fada, ao tempo dos dinossauros, a uma Abenobashi tirada da ficção científica… enfim uma miríade de locais que sempre nos fazem soltar uma gargalhada. Seja pela recorrente Mune Mune com uns peitos descomunais que faz questão de mostrar, o que deixa sashi sempre “bem disposto”. Muitos dos episódios são paródias a filmes, como a guerra das estrelas, ou o género do filme policial e mafioso. Temos o Twister, o Tubarão branco, o Bruce Lee, um prédio a cair como o Titanic. Enfim grandes gargalhadas a acompanhar um ritmo frenético quase a lembrar Excel Saga. A banda sonora a lembrar ambientes dos anos 20 e 30, que à primeira vista parece completamente descontextualizada mas consegue sempre transformar o ambiente numa espécie de diversão leve e de certa forma contida. Ao sétimo episódio temos então a história do distrito comercial, que é contada de uma forma extremamente tocante, com um toque especial de melancolia agradável. Mas se muitas vezes estes mundos roçam o absurdo, o substrato não é nada absurdo. Existem razões para estes mundos, existe a consciência de que o passado é por vezes idealizado e não conseguimos caminhar, pois ficamos tantas vezes agarrados a pequenos fragmentos no passado que nos acabam por tolher a visão do amanhã. Ou ainda, porque nos deixamos alienar para evitar o confronto com os nossos problemas? Mas logo nos rimos pois o mundo é algo alegre apesar das contrariedades. Imaginem o KIT (sim o do Knight Rider) ecchi… é fantástico. E o fim é feito com ternura e carinho pelas personagens, Sashi prova a sua amizade ao tentar dar um mundo sem tristezas a Arumi. Será possível? Não se sabe… o que sei é que me diverti imenso com Abenobashi Maho ShotenGai e com as suas personagens insanas. E por isso… Nota – 3,9

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