sexta-feira, 16 de maio de 2008

Gunslinger Girl

Numa Itália semi-imaginada, o governo luta contra facções terroristas para manter as rédeas do país. Para isso criou uma força especial composta por jovens adolescentes às quais lhes foi dado um corpo artificial. Estas jovens são recrutadas entre pacientes perto da morte. Elas fazem parte da divisão 2 e são integradas em equipas com um orientador, um agente mais velho. Este binómio é apelidado de “fratello”, irmão em italiano. Enquanto seguimos uma história bem construída e interessante estamos constantemente defronte uma “realidade” que nos desafia moralmente e intelectualmente. Meninas reconstruídas, condicionadas quimicamente a ser subservientes aos seus orientadores! Além de improbabilidade de tal realidade, é algo que eticamente nunca poderia ser aceite pelo normal ser humano. Estas meninas, que foram transformadas em meros utensílios de guerra, são em si paradoxais, pela extrema delicadeza revelada ao longo dos episódios, das suas conversas em volta dos temas mais banais como o amor, e pela frieza com que cumprem as missões. A alma de adolescente está presente nas raparigas, Henrietta, Rico, Triella, Claes, Angélica e Elsa… mas na realidade o que são? Reais, Robôs? Uma dúvida que nos assola. Como terá tanta vida uma máquina assassina. A história está bem distribuída, com o decorrer das missões vamos conhecendo a história das adolescentes e do seu relacionamento com os orientadores. Poderíamos dizer que o par José/Henrietta, são os papéis principais, e muita da dinâmica ao longo dos episódios são gerados pela relação entre ambos. José trata Henrietta como uma irmã mais nova, ao contrário da maioria dos outros orientadores. Ou melhor, a maioria dos orientadores evita ligar-se emocionalmente às suas raparigas. Uns por receio e incompreensão com o que lidam, outros como forma de auto-protecção contra eventuais mortes das raparigas. José por seu lado evita tratar Henrietta seja como um utensílio ou uma arma, ele cuida e protege Henrietta, trata-a ou tenta tratá-la como uma rapariga normal, evitando também um “condicionamento” elevado da adolescente. Henrietta por seu turno está apaixonada por José. Nada de anormal dado que o “condicionamento” tem como objectivo total lealdade e controlo do orientador sobre a rapariga, e que muitas vezes tem como efeito secundário o enamoramento destas pelo orientador. Mas com Henrietta temos sempre dúvidas se a sua devoção é genuína ou artificialmente gerada. No entanto todas as outras personagens são apresentadas e é-lhes construída uma história minimamente sólida. Temos em Gunslinger Girl, Uma história competente, com acção, bem gizada, com uma animação razoável e sobretudo personagens que nos atraem pelas dinâmicas criadas do relacionamento entre elas. NOTA - 3,9

2 comentários:

Tékne disse...

Ei! participe de um evento do semprealemdohorizonte,eu CFkane posso desenhar seu personagem de anime preferido! =D

Será feito da seguinte maneira,por troca de comentários pelos desenhos hehe
Ou seja os cinco comentários mais interessantes que aparecerem lá no blog serão premiados com o desenho do personagem pedido.

Necessário:

- Comentário com o nome do personagem e do anime desejado
- O comentário deve ser interessante
-A pessoa que comentar deve deixar seu nome ou apelido

Estarei postando os desenhos premiados periodicamente,fiquem atentos! XD

Anime Fãs disse...

nussa eu ja vi uma imagem desse anime numa revista, e achei meio estranho essas menininhas com armas pesadonas....mas vo assistir pra ver se é lagal...